sábado, 23 de fevereiro de 2013

LUZ, CÂMERA, GOL! - TIRANDO A GOL (1966)


“Tirando a Gol” tem um quê de “Romeu e Julieta”. Duas famílias. Uma, a de Felipe (David Reynoso), é de fanáticos pelo América do México. A outra, de Flora (Lola Beltran), é Chivas até a alma. E para apimentar ainda mais a relação, o filho de Felipe, Rafael, e os filhos de Flora, Manolo e Pedro, são jogadores dos seus respectivos clubes de coração e grande rivais dentro de campo.

É neste cenário de rivalidade entre dois dos maiores clubes mexicanos que nasce uma história, ou melhor, nascem duas histórias de amor. Não só Felipe e Flora se apaixonam como Teresa, filha de Felipe e a única que não se importa com o futebol, e Manolo também. E é aí, na tentativa de uma convivência pacífica entre duas famílias rodeadas pela mais intensa rivalidade futebolística, que reside a diversão desta película.

Sem nem um pingo de dúvida, a melhor cena de todo o filme é a que os dois casais, Felipe e Flora e Manolo e Teresa, vão ao cartório para confirmar a união. O responsável pelo processo é ninguém menos do que Ramón Valdés, imortalizado no Brasil como o Seu Madruga do seriado Chaves, e as testemunhas são os craques do América e do Chivas, dentre eles os brasileiros Arlindo, Zague e Vavá.

Mesmo que de uma forma superficial, “Tirando a Gol” expõe a importância do ato de torcer para os mexicanos. E o principal exemplo se encontra na justificativa de um “arquibaldo” para sua ira excessiva contra o próprio time: “O meu chefe, no escritório, e minha mulher, em casa, me apurrinham durante todo o dia. Quero somente aliviar a cabeça”.

Uma comédia romântica. Mais comédia que romântica. Repleta de clichês e de futebol. Assim é “Tirando a Gol”, uma boa fonte de risos.






















Tirando a Gol (1966)
Direção: Icaro Cisneros
Roteiro: Janet Alcoriza
Elenco: Lola Beltrán, David Reynoso, Julissa, Fernando Luján, Federico Falcón e Juan Ferrara.

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